quarta-feira, 30 de setembro de 2009

19. ARRANCA-ME UM OLHO

Dois homens aguardam na sala de espera do palácio. Querem pedir um favor ao rei. Foi mera coincidência chegarem quase ao mesmo tempo, pois são inimigos.

O rei, que já os conhecia, pediu que entrasse um depois do outro. Mas advertiu a ambos: Quem ficasse por último ganharia em dobro o que o primeiro pediu. Se, por exemplo, o primeiro pedisse um cavalo, o segundo ganharia dois cavalos.

Diante de tantas vantagens para o último, nenhum dos dois queria ser o primeiro a entrar na sala de audiência. Por fim o rei tomou a iniciativa e, apontando para um deles, disse:

- Alguém tem que ser o primeiro. Venha você aí.

Este foi o pedido maldoso e diabólico do malvado e invejoso:

- Meu Senhor, ciente de que o outro receberá em dobro o que eu pedir, peço que me seja arrancado um olho.

Palavra de vida: Deus olhou para a oferta de Abel e não olhou para a oferta de Caim... Por isso Caim atirou-se sobre seu irmão e o matou (Gn 4,1-8)

20. NA CADEIRA DE RODAS

Vai haver uma celebração de bodas de casamento. O casal está entrando na igreja. Todos acompanham a cena inédita: O marido entra empurrando uma cadeira de rodas na qual vai sua esposa.

Durante a alocução o padre celebrante pergunta ao marido:
- Há quanto tempo sua esposa usa cadeira de rodas?
- Há 25 anos. Desde o nosso casamento.

O padre se admira. E toda a assembléia com ele. O marido lê uma interrogação nos olhos do celebrante e continua:

- Exatamente há 25 anos, pronunciamos nesta mesma igreja o nosso “sim” para toda a vida. No meio da festa, porém, aconteceu o que ninguém esperava. Minha esposa teve um choque, ficando paralisada.

O padre continuava olhando para um e outro, visivelmente emocionado. A esposa arrematou:

- Nestes 25 anos fomos muito felizes com nossos filhos. A gente se casaria de novo se fosse preciso.

- É o que estão fazendo agora, disse o padre.

A igreja inteira bateu palmas.

Palavra de vida: Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe (Mt 19,6).

21. “EU ME ENFORCARIA NO PESCOÇO DE JESUS”

Aula de catequese numa cidade do interior baiano. A catequista estava descrevendo com muita vivacidade a história trágica de Judas, o traidor. Primeiro a cena da traição e depois o remorso que terminou na forca.

Silêncio na sala. As crianças tinham entendido tudo: De um lado a tentativa de Jesus para converter Judas. Do outro lado sua recusa e seu fim trágico. A catequista rompeu o silêncio e perguntou:

- E vocês, o que fariam se tivessem feito um pecado muito grande? Fariam também como Judas?

Uma menina de oito anos respondeu:
- Eu me enforcaria também, mas...no pescoço de Jesus.

A catequista, que havia levado um susto com esta resposta tão inesperada, entendeu o que a criança quis dizer, e comentou com as outras crianças:

- É assim mesmo. A gente se abraçaria no pescoço de Jesus pedindo perdão.

Palavra de vida: O pai correu ao encontro do filho pródigo, abraçou-o cobrindo-o de beijos (Lc 15,20)

22. A FILEIRA DE ZEROS

Um rapaz foi, todo feliz, contar a São Felipe Néri que encontrara a noiva dos seus sonhos. O santo sacerdote, grande amigo da juventude, deu-lhe os parabéns e perguntou pelas qualidades da sua eleita. O rapaz foi enumerando:

- É muito rica. Pertence à alta sociedade.

Felipe escreveu um zero no papel. O rapaz não entendeu aquele zero. Talvez o padre estivesse rabiscando alguma coisa enquanto escutava. Continuou:

- É muito bonita. Um encanto de mulher.

São Felipe escreveu um zero atrás do primeiro.

O rapaz começou a ficar encabulado. Mas não comentou. E continuou:

- Está cursando Faculdade. Forma-se este ano.

Outro zero. E assim uma fileira de zeros a cada qualidade que o rapaz mencionava. “O que o padre quer dizer com tanto zero?” Arrematou dizendo:

- Minha noiva é muito religiosa e muito responsável.

São Felipe deu um suspiro de alívio e colocou o algarismo “1” na frente dos zeros. Agora sim, todas as qualidades da jovem adquiriram valor real.

Palavra de vida: Ninguém se iluda! ... pois a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus (1Cor 3,19)

23. A CHAVE DO CÉU

Frei Leão era um alfaiate santo. Além de santo, muito original. No fim da vida, já no leito de morte, pediu que lhe trouxessem a chave do céu.

Que chave do céu nosso bom Frei está imaginando? Será que já está delirando? Trouxeram-lhe um velho livro de orações que usou durante muitos anos. Ele acenou que não. Trouxeram-lhe o rosário. Também não era. Depois o livro dos Estatutos da Ordem. Ainda não.

Um Irmão bastante idoso e companheiro de Frei Leão, lembrou-se da agulha com a qual costurou e remendou muita roupa dos frades e dos pobres. Buscou-a e lha entregou.

Agora sim. O agonizante beijou-a com mãos trêmulas. Foi sua ferramenta de trabalho humilde e sacrificado durante muitos anos.

Palavra de vida: Para nós a chave do céu é a ferramenta que usamos no trabalho.

24. “FALTOU ESPAÇO PARA O DIABO”

O professor deu a seguinte tarefa para seus alunos: “Escrever duas laudas sobre o diabo”. Seria um teste. Distribuiu as folhas e deu o prazo: Meia hora para executar a tarefa.

Um dos alunos começou assim o seu trabalho: “O diabo tem um grande inimigo que é Jesus”. E continuou citando fatos da vida de Jesus. Com isto preencheu as duas páginas solicitadas. Mas o prazo tinha expirado. E o espaço também. Por isso anotou no rodapé: “Faltou tempo e espaço para o diabo”.

Palavra de vida: No meio de nossas atividades, jamais deixar espaço para o demônio agir.

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